Magistrada e filho fazem acordo de delação e entregam desembargadores, advogados, empresários e políticos

 


O acordo de delação premiada aberto pela desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, e o filho, Vasco Rusciolelli, é algo escandaloso e devastador.


A dupla narrou em 39 anexos uma série de pagamentos ilícitos vinculados a decisões de magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia.



 

Homologada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, em junho deste ano, a delação revela venda de sentenças, formação de quadrilha, grilagens de terra, dentre outros crimes.


Em mais de 600 páginas entregues ao Ministério Público Federal, a magistrada e seu filho apontaram uma série de “atos de corrupção” que, segundo eles, “permeiam as entranhas do Tribunal de Justiça da Bahia”.


O acordo de colaboração foi feito para recuperar R$ 4 milhões obtidos ilegalmente no esquema. A partir da delação, o acordo prevê 20 anos de prisão para Sandra Inês e 22 para Vasco Rusciolelli.


Segundo delatores, a ação teve início na gestão da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago como presidente do Tribunal de Justiça baiano. O esquema seria liderado inicialmente por ela, em uma suposta rede de operadores formada pelo genro, uma filha, além de servidores, juízes e desembargadores.


Os delatores ainda afirmam que o desembargador Gesivaldo Britto, que assumiu a presidência do TJ em fevereiro de 2018, passou a chefiar o esquema incluindo novos membros, entre eles servidores, advogados, juízes e desembargadores.


Ao todo, a delação cita 12 desembargadores do TJ baiano, 12 juízes, 15 advogados, 15 parentes dos envolvidos, e 16 pessoas entre servidores públicos e políticos.



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