Após ser dispensado da Jovem Pan, nesta semana, ao ter um "tchau" confundido com saudação nazista, o ex-comentarista político, Adrilles Jorge, disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, que o dono da emissora, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, mais conhecido como Tutinha, telefonou, pessoalmente para ele após o programa ir ao ar e disse "poucas e boas".
Tutinha, que também achou o gesto "estranho", falou para o escritor que ele havia feito "uma m@erda, uma imbecilidade" e que, por conta disso, a Jovem Pan poderia perder patrocínios e anunciantes.
O empresário, à princípio, até pensava em apenas suspender o jornalista, mas, minutos depois, ele recuou da decisão e achou melhor a demissão sumária. Nem os apelos do público, de autoridades e colegas de trabalho do rapaz nas redes sociais fez Tutinha retroceder do desligamento.
- Ele disse: ‘É surreal o que você fez: uma saudação nazista. Você fez uma merda, uma imbecilidade’. Me chamou de imbecil, me assediou moralmente - lamentou o comunicador.
- Acho que ele não tinha tomado o Rivotril dele direito - debochou.
O tchau confundido com saudação nazista
Adrilles conta que ainda tentou se defender e mostrar que não havia feito uma saudação nazista, apenas dado um "tchau". Porém, Tutinha não acreditou:
- Eu disse a ele que dei apenas um 'tchau'. Ele falou que a Jovem Pan ia perder patrocínio, anunciantes. Comunicou que eu estava suspenso - relata, acrescentando que, após o telefonema, soube por pessoas próximas que estava demitido.
- Fui demitido por quê? Por que dei um tchau? Ou porque ele não aguentou a pressão da turba dos canceladores? Ele cedeu à grana, aos influenciadores, à turba sedenta de sangue - concluiu.