O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça colocou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no seu devido lugar.
Ele negou o pedido do senador amapaense para que ele deixasse a relatoria de uma ação que tem o presidente Jair Bolsonaro como alvo.
Com isso, Mendonça, que foi indicado pelo presidente para integrar a Corte, permanece à frente do processo.
O ministro assumiu a relatoria do processo por meio de sorteio eletrônico realizado pelo tribunal. É comum que um ministro do Supremo julgue processos que estejam relacionados com o presidente que o nomeou.
Randolfe solicitou em dezembro de 2021 a investigação de Bolsonaro pelos crimes de prevaricação e advocacia administrativa, após o presidente ter afirmado em 2020 que mandou “ripar” - referente a demitir - servidores do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
No mesmo mês, Mendonça tomou posse como ministro do Supremo.
Randolfe Rodrigues justificou seu pedido afirmando que Mendonça é amigo íntimo do presidente e que também atuou como advogado-geral da União. Em trecho do pedido, o senador argumenta que “é sabida a estreita relação existente entre o ministro relator e o presidente da República, alvo desta ação, razão por que deve se declarar suspeito”.
Curioso, quando Lula teve seus processos arquivados mesmo com uma montanha de provas, não vimos o senador dar um 'piu'.