Mesmo morando em uma mansão no Lago Sul, área nobre de Brasília, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Rocha Furtado (foto em destaque) recebeu, entre os anos de 2015 e 2018, mais de R$ 200 mil em auxílio-moradia.
O fato inusitado é que Furtado é autor de uma série de representações para que o TCU investigue suspeitas de mal uso do dinheiro público e improbidade administrativa.
O deputado federal Marcel van Hattem, assim que tomou conhecimento do fato, foi contundente em sua crítica e não perdoou a atitude de Furtado.
Eis a dura manifestação de Marcel:
“Este é mais um clássico e deplorável exemplo de penduricalho existente no serviço público. Um servidor que tem uma mansão avaliada em R$ 4,5 milhões jamais poderia ter recebido R$ 200 mil em auxílio-moradia. Mas foi o que ocorreu com o procurador federal Lucas Furtado, do Tribunal de Contas da União.
Apesar de ter recebido o auxílio de forma legal, não deixa de ser curioso o fato de Lucas Furtado ser autor de representações para investigar suspeitas de mal uso do dinheiro público e improbidade administrativa. Poderia ter aberto mão desse auxílio, concordam?
No meu caso, como deputado federal, por não residir onde trabalho eu teria direito ao auxílio-moradia. No entanto decidi abrir mão dessa verba mensal de R$ 4.253 gerando uma economia, até o momento, de mais de R$ 150 mil aos cofres públicos.
O fato é que privilégios como esse não podem mais ser tolerados e precisam ser combatidos. É urgente a necessidade de realizarmos uma reforma administrativa de verdade, que alcance todos os Poderes, chegando à elite do funcionalismo público brasileiro. Uma reforma que que acabe com penduricalhos, que adote avaliações de desempenho permitindo que o mau funcionário seja desligado e que valorize o bom servidor público."
Perfeito!