O inquérito n° 4.875 foi aberto por determinação do STF em razão da solicitação dos senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru, para apurar suposto crime de prevaricação por parte do Presidente Jair Bolsonaro.
Conclusão do Delegado da Polícia Federal:
"Não há correspondência entre os fatos e o crime de prevaricação atribuído ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro."
"Não há materialidade. Não há crime".
Assim, entende, não ser necessário ouvir o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, ou qualquer outro agente político ou público, por fato que não tem repercussão penal.
Não surpreso com a conclusão da Polícia Federal pela inocência de Bolsonaro, deparei-me com a citação inicial, feita pelo Delegado PF encarregado do inquérito, da obra O amor da sabedoria, de Bruno GIULIANI:
"Uma paixão é, pois, antes de mais, uma confusão do espírito. Um sentimento passivo, alienatório, que desequilibra e faz sofrer mesmo quando é agradável, porque é acompanhado de perturbações e nos leva a pensar e agir contra nossa razão".
"A maior parte dos homens gosta de se sentir levado pelas paixões porque elas se acompanham de afetos muito intensos que suspendem a mediocridade de sua vida quotidiana".
Este inquérito não poderia ter uma melhor citação em seu relatório conclusivo, pois retrata de forma bem "romântica" a paixão de Randolfe Rodrigues por BOLSONARO. _
"O espírito tomado por uma paixão não compreende adequadamente os seus sentimentos e os seus desejos. Vive atormentado e inquieto, instável e incoerente, entre a carência e o excesso". (Bruno GIULIANI)
Henrique Alves da Rocha. Coronel PM. Sergipe