Nos últimos dias, a determinação de suspensão do Telegram, feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, causou uma polêmica enorme.
A decisão gerou revolta na população, resultando em duras manifestações de políticos, jornalistas e empresários.
Mesmo com Moraes revogando a decisão, que determinava o bloqueio do aplicativo, o fato ainda está repercutindo negativamente.
Tem gente encarando a ação como um "recado" do ministro.
O deputado estadual do Ceará, André Fernandes, detonou a "covardia" de senadores.
"A verdade é que a maioria dos senadores tem se mostrado ser um bando de bundões, sem coragem de enfrentar o verdadeiro risco à democracia brasileira: Ministro Alexandre de Moraes.
O Senado precisa agir e o povo precisa cobrar tal ação", escreveu o parlamentar, em suas redes sociais.
Não existe previsão constitucional de impeachment de ministro do STF. No entanto, o inciso II do artigo 52 da Constituição diz que compete ao Senado processar e julgar ministros do STF quanto a crimes de responsabilidade.
No ano passado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, denunciou, por crime de responsabilidade, o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Bolsonaro, Moraes “ao impulsionar os feitos inquisitoriais com parcialidade, direcionamento, viés antidemocrático e partidário, sendo, ao mesmo tempo, investigador, acusador e julgador”, se enquadrava nos ditames do artigo 32, 2, da Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950).
Entretanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sem pensar duas vezes, engavetou o pedido.