Na noite desta quarta-feira (9), o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a desistência de concorrer ao Palácio do Planato nas próximas eleições, em outubro.
Entre as desculpas dadas, durante o pronunciamento, em sessão plenária, de que seria impossível manter o foco na presidência do senado e em uma campanha, ao mesmo tempo:
“Tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a recuperação do nosso país. O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer tipo de interesse pessoal ou de ambição eleitoral”, argumentou.
Pacheco, entretanto, aproveitou para cutucar o governo do presidente Jair Bolsonaro, citando os problemas vividos pelo país nos últimos dois anos.
"O país convive tristemente com desemprego, fome e retrocessos em todas as áreas. Esse quadro tão delicado foi agravado agora pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que teve efeitos imediatos na economia mundial, com consequências inevitáveis no já sofrido Brasil. Nesse grave cenário, o papel do Senado é fundamental."
Vale lembrar, entretanto que a desistência foi anunciada horas após a divulgação da mais recente pesquisa eleitoral, pelo Instituto Paraná Pesquisas, em que o senador mineiro surge com apenas 0,8% nas intenções de voto.
Nas várias outras pesquisas apresentadas nos últimos meses, Pacheco jamais atingiu sequer 1% das intenções, e em algumas surgiu com o famoso ‘traço’, quando as intenções sequer podem ser contabilizadas.
Mais uma prova de que, no atual cenário da política nacional, toda e qualquer traição (e foram muitas contra o atual governo) tem recebido a imediata resposta das ruas.
Veja o vídeo:
