A ameaça de judicialização partiu do senador Renan Calheiros (MDB- AL), que encabeça a ala Lulista do partido, com o argumento de que os recursos da legenda deveriam ser usados para fortalecer a presença no Congresso e defende apoio ao candidato do PT já no primeiro turno.
Renan e o grupo se reuniram na última semana com o ex-presidente Michel Temer na tentativa de adiar a convenção do partido, na qual o nome de Tebet deve ser formalizado na disputa. O evento está previsto para esta quarta-feira (27).
Nada satisfeita com essa iniciativa, a cúpula mdebista escolheu como contra-ataque o discurso de que o ex-presidente Lula comete um “feminicídio” político, ao atuar junto a grupos do MDB para boicotar a candidatura da senadora à Presidência da República.
– Se eles judicializarem, vamos dizer que o Lula está cometendo uma tentativa de feminicídio, ao querer matar a candidatura da única mulher candidata a presidente – afirmou um influente dirigente emedebista ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
– Estão querendo inviabilizar a candidatura dela por uma questão de gênero – critica o dirigente, apontando que se o candidato da sigla fosse o ex-presidente Michel Temer, “duvido que fariam isso”.