As "relações cabulosas" entre o PT e o PCC ganharam um novo capítulo na última sexta-feira (1º), com a revelação de trechos da delação premiada do empresário Marcos Valério, condenado no escândalo do "Mensalão".
Essa relação obscura pode ser novidade para os brasileiros, mas não para os paulistanos. Especialmente os que circulam pela Zona Leste da capital paulista.
Só a Zona Leste de SP tem 4,6 milhões de habitantes.
Qualquer motorista de taxi ou ônibus que circula por essa região sabe que precisa de uma ‘autorização’ do crime organizado (PCC) para circular por ali sem ser assaltado.
O transporte de vans (os perueiros) é totalmente dominado pela facção, que tem presença forte nos postos de gasolina.
Foi o eleitorado dessa região, majoritariamente, que elegeu o deputado estadual Luiz Moura (PT), em 2010, com mais de 100 mil votos.
E quem é Luiz Moura?
Um assaltante de bancos, fugitivo do sistema penitenciário do Paraná que não apenas se elegeu pelo PT para a assembleia paulista, mas era do Diretório da capital e estadual do Partido dos Trabalhadores – ou seja ele gozava de prestigio no partido.
Até que a P2 (polícia secreta paulista) o flagrou numa reunião com as lideranças do PCC.
Questionado em 2014, sobre o envolvimento do irmão do deputado, o vereador Senival Moura, com a facção criminosa, o presidente do PT estadual à época disse:
“Não tem nada a ver uma coisa com outra. Senival é sócio de uma cooperativa. Não há elementos contra ele. O Luiz Moura foi acusado de participar de uma reunião com o PCC”.
Mas tinha tudo a ver...
Veja o vídeo: