O laudo psiquiátrico de Adélio Bispo de Oliveira, o homem que desferiu uma facada no presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2018, apontou que “não houve cessação de periculosidade” e que ele continua com sinais de transtorno delirante paranoide. O exame foi realizado a partir de uma determinação da Justiça Federal.
De acordo com o portal R7, o teste foi conduzido pelos peritos José Brasileiro Dourado Júnior, Leonardo Fernandez Meyer e Bárbara Andréia Milagres Feijó. No documento, é apontado, a partir de informações cedidas por agentes e profissionais de saúde que têm contato com Adélio, que ele tem “comportamento inadequado”.
Adélio Bispo de Oliveira permanece com diagnóstico clínico de transtorno delirante persistente, com alucinações de cunho religioso, persecutório e político que se manifestam frequentemente, sobretudo porque há recusa expressa do interno em receber a medicação psicotrópica recomendada para o tratamento de sua doença – diz um trecho do documento.
As informações do laudo realizado em Adélio foram encaminhadas para o Ministério Público Federal (MPF), que se posicionou favorável à manutenção da medida de segurança – ou seja, a internação – enquanto não for verificada a cessação de sua periculosidade. A próxima etapa é o posicionamento da Defensoria Pública da União (DPU) e, por fim, a decisão judicial.
– O laudo foi apresentado à Justiça e já se encontra juntado nos autos. Por se tratar de documento médico com informações pessoais, está sob sigilo, disponibilizado apenas às partes, neste momento – diz em nota a Justiça Federal.
Adélio segue preso na Penitenciária de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e foi diagnosticado com transtorno delirante permanente-paranoide, que é quando o paciente não consegue diferenciar fatos criados pela própria mente do que é real.