O ministro do STF Dias Toffoli elegeu um culpado pelo início dos questionamentos sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas no Brasil, intensificados nos últimos três anos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em conversas reservadas com aliados, Toffoli tem avaliado que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) seria o responsável por abrir a porteira para os questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro.
O ministro se refere à atitude de Aécio nas eleições presidenciais de 2014, quando o tucano pediu uma auditoria do pleito ao TSE após ser derrotado por Dilma Rousseff (PT), por uma diferença de 3,4 milhões de votos.
Na ocasião, a coordenação jurídica da campanha de Aécio pediu ao tribunal a criação de uma comissão para verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos. O presidente do TSE na época era justamente Toffoli.
Em outubro de 2015, a auditoria do PSDB concluiu que não houve fraude nas eleições. Tucanos como o senador Tasso Jereissati (CE) já admitiram publicamente que a sigla errou ao questionar o resultado das urnas.
“Erro”
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Toffoli avalia que o movimento dos tucanos foi um “erro” e acabou contribuindo para o atual racha no PSDB, que, pela primeira vez desde a redemocratização, não terá um candidato próprio ao Planalto em 2022.
A aliados, o ministro do Supremo admite, inclusive, que já fez essa crítica diretamente para Aécio, o qual, nas eleições deste ano, tentará reeleição para a Câmara dos Deputados.
Procurado pela coluna, Aécio ainda não respondeu. O espaço segue aberto.
As informações são do jornal metrópoles