"Não cometeu crime eleitoral", afirma ex-ministro do STF sobre Bolsonaro no 7 de Setembro


Em entrevista concedida ao Portal UOL, um dia após as manifestações do dia 7 de Setembro, feriado nacional pela Independência do Brasil, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Francisco Rezek, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não havia cometido crime eleitoral durante os atos.

- Não dirigiu insultos a ninguém. O que vi foi Bolsonaro como ele é, como sempre se apresentou à sociedade brasileira e ao povo brasileiro - explicou.

- Foi com esse estilo, esse discurso e essa postura que ele fez a sua campanha. Foi com tudo isso que ele se elegeu presidente da República. Ele manteve esse discurso ao longo de todo o tempo. Não vi nada de novo e nada que pudesse surpreender quem quer que seja - acrescentou.

Sobre as acusações dos adversários políticos de que o Planalto tenha usado da máquina pública para se beneficiar da ocasião, o experiente jurista disse:

- É inevitável essa desigualdade de condições. Ele usou aquilo que seu cargo lhe concede e à maneira dele. Ou seja: sempre nesse jogo lúdico com a lei, sempre tangenciando a ilegalidade quando não ultrapassando os limites da lei - avaliou. 

- O que sucede na campanha eleitoral é que os candidatos se criticam mutuamente - pontuou.

José Francisco Rezek, de 78 anos, foi indicado ao STF em duas ocasiões: a primeira, por João Figueiredo, de 1983 a 1990. A segunda, por Fernando Collor de Mello, entre 1992 a 1997. Ele foi professor de Direito, Procurador da República, tem pós-Doutorado pela Universidade de Oxford, foi subprocurador-geral da República, vice-presidente do TSE, Ministro das Relações Exteriores e ministro da Corte Internacional de Justiça.

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