O ex-presidiário Lula (PT) foi eleito, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja presidência é do ministro Alexandre de Moraes, com 50,9% dos votos válidos. Em segundo lugar, teria ficado o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) com 49,1%. Mas, como ficam as leis e o regime político do país depois da vitória de Lula?
Ninguém sabe. Lula preferiu não informar o seu plano de governo; o que sempre foi obrigação determinada pelo TSE. Também preferiu não dizer quem seriam os seus ministros e quais seriam suas bases para a economia. Mas, soltou em várias ocasiões, a defesa de muitas bandeiras como: a legalização do aborto e das drogas; a libertação de parte dos encarcerados; a reativação de movimentos rebeldes como o MST e MTST; o retorno de invasões de terras; diminuição das exportações do agronegócio; censura da internet e nova constituinte.
Além de tudo isso, o Partido dos Trabalhadores pretende retirar o teto de gastos do governo, que limita a União de gastar mais do que recebe. Assim, poderá conceder empréstimos bilionários e realizar obras com o dinheiro do BNDES em ditaduras amigas.
Sobre corrupção, o fantasma das gestões petistas, Lula chegou a dizer que os desvios só vão aparecer; se forem descobertos. E o PT não pretende deixar informações vazarem para a imprensa.
Tudo indica que serão tempos difíceis para o Brasil, com a oposição muito mais cerceada, enfraquecida e dispersada. Mas, o Congresso, este sim, continua de pé. E é formado, em grande parte, por parlamentares de direita que poderão impedir pautas de serem aprovadas e serão a voz de metade do Brasil.
Ainda há um fio de esperança.