Pela primeira vez, um brasileiro vai comandar o Banco Interamericano de Desensolvimento. O escolhido, nesse caso, foi o
candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ilan Goldfajn.
O economista de origem judaica, que já foi presidente do Banco Central do Brasil, de 2016 a 2019, venceu as eleições para o BID e ocupará o cargo, cuja sede fica em Washington, Estados Unidos.
O Brasil conseguiu 17 membros regionais a seu favor e 9 que estavam fora da disputa. Todo o Mercosul, inclusive, apoiava o nome de Goldfajn para o posto.
O PT, partido de Lula, foi contra a indicação do israelense e queria um perfil mais alinhado com a esquerda. Chegou até a solicitar que as eleições fossem adiadas, mas o banco ignorou e o economista saiu vencedor da disputa.
Henrique Meirelles, que também foi presidente do Banco Central Brasil e ex-ministro da Fazenda na Gestão PT-MDB, parabenizou o amigo e minimizou as disputas políticas em torno do nome do economista.
- Felicitações ao amigo Ilan Goldfajn, primeiro brasileiro a comandar o BID. Sua eleição, com mais de 80% dos votos, é um reconhecimento à sua extrema capacidade e à experiência de quem serviu a diversos governos e organismos internacionais. É uma vitória para o País inteiro - comemorou Meirelles, que tem feito críticas severas a Lula por sua futura condução na economia do Brasil sem levar em consideração o teto de gastos da União e a responsabilidade fiscal.