O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá escolher um novo comandante para o Exército. Dentro das exigências do novo chefe de Estado, estaria o grau de antiguidade de um general da tropa ou um oficial que tenha mais simpatia com as ideias de seu partido.
Se optar pela antiguidade, Lula entregará o comando, em janeiro de 2023, ao general Júlio César de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC). Todavia, conselheiros do petista, sugerem o nome do general Tomás Paiva, comandante militar do Sudeste.
A lista de apostas inclui ainda dois outros nomes, entre os mais antigos e experientes para comandar a Força Terrestre: o chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf, e o comandante de Operações Terrestres, Estevam Theophilo.
Conselheiros do partido têm dito que o presidente não deve inovar na escolha. Em vez disso, sugerem que ele selecione somente os que estão na lista dos três mais antigos. No total, seriam quatro. Pois, Stumpf e Paiva dividem a segunda posição e ambos passariam à reserva na mesma época, em julho do ano que vem; Arruda, em março, e Theophilo, em novembro.
– Se fosse fazer uma aposta, eu ficaria em torno desses três: Arruda, Tomás e Stumpf. Não é necessário (seguir a antiguidade), mas não queremos nada que cause perturbação desnecessária – afirmou, em entrevista ao Estadão, o ex-ministro da Defesa e ex-chanceler, Celso Amorim.
Entretanto, oficiais-generais, que estão na ativa, preveem que Lula apaziguará a relação com as Forças Armadas ao nomear como comandantes tanto do Exército quanto da Aeronáutica e da Marinha os militares mais antigos do generalato, como fez nos seus dois primeiros mandatos.