O ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a necessidade do governo brasileiro em assumir a responsabilidade fiscal e o teto de gastos no país.
A declaração foi dada esta semana no Egito, onde o ex-condenado da Lava-Jato está participando da COP27. Na ocasião, o petista disse:
- Não adianta ficar só pensando em responsabilidade fiscal porque a gente tem que começar a pensar em responsabilidade social - bradou o esquerdista, sugerindo que a sua gestão não pagará juros que deve ao sistema financeiro.
- Quando você coloca uma coisa chamada teto de gastos, você não mexe um centavo do sistema financeiro. Você não mexe um centavo daqueles juros que o banqueiro tem que receber -
- Ah, mas, se eu falar isso, vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar. Paciência! - finalizou.
Assim que foi declarado eleito presidente do Brasil, Lula aumentou as despesas da União em R$ 100 bilhões, o dobro do Governo Bolsonaro para o ano de 2023. Ele também tem dito repetidamente ser contra o teto de gastos que ajusta as receitas recebidas às despesas que o Executivo Federal pode ter. Além disso, já avisou ser contra a responsabilidade fiscal.
As afirmações do petista têm assustado até os economistas que eram seus antigos aliados como Henrique Meirelles e Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.
Fraga, por sinal, rebateu a fala de Lula e esclareceu que descontrole fiscal contribui para a volta da inflação e prejudica os mais pobres, sobretudo.
- Estabilidade fiscal significa menos incerteza e juros mais baixos, o que gera mais investimento e mais crescimento. Simples assim. E mais, acompanhada de transparência, aumenta a chance de os recursos beneficiarem os mais pobres - disse, em entrevista à Folha.
- O descontrole fiscal contribui também para a volta da inflação. Outra vez, quem perde mais são os mais pobres - explicou.
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