Um analista ou um articulador, tem uma responsabilidade enorme ante a seu público. Além de comentar um fato do presente, com alguma introdução histórica para validar seus argumentos, ele deve ir mais longe, e mostrar o campo das possibilidades. E isso ele só faz quando mostra seu viés e seu objetivo real de ajudar.
Sendo assim, mantendo essa responsabilidade, calculei o que pode ser entregue hoje nos relatórios dos militares, e vou trazer isso aqui. Lembrando que sempre trabalho no campo da possibilidade. Analisar o contexto não te permite ser vidente. Você apenas vislumbra o que pode ou não acontecer, e calcula uma rota melhor para seu espectro.
Ao avaliar essas considerações, as opções do que pode ser apresentado são:
1 - O relatório pode dizer que as urnas são inalditáveis, e que nenhuma conclusão das investigações pode mudar o resultado, e sugerir aperfeiçoamento. Isso seria o fim da especulação de retomada pensando no Exército e desmotivaria todas as manifestações.
2 - As FFAA podem concluir que mesmo com urnas inalditáveis, os padrões matemáticos são confusos e trazem questões que precisam de alcance do Ministério Público. Isso ajudaria Bolsonaro a contestar os resultados, e as manifestações continuariam. O que seria um problema para o T.S.E que vai ter de rebolar para enfrentar a questão. O exército não entraria nas discussões do Legislativo e Judiciário quanto a isso, mas em caso de desordem e caos, poderiam ingressar com uma futura GLO.
3 - As FFAA constatam irregularidades incontestáveis e pedem novas eleições. Além de levar a discussão para o MP, pediria anuência do STM, com diplomação de Bolsonaro. E ai a cobra fumaria.
De todos esses cenários, acredito mais no segundo até pelas declarações de Valdemar da Costa Neto ontem. Porém, todos tem chance de acontecer e dependendo de qual for o escolhido, o futuro não só do Brasil, mas como de toda a América do Sul ou TALVEZ de todo o planeta, pode sofrer importantes mudanças.
Cabe agora acompanhar.
O mundo está acompanhando também.
Travamos hoje não só uma luta por poder, mas por legitimidade.
E a direita tem de entender isso.
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