A esquerda brasileira já está sentindo o gosto da vitória do ex-presidiário Lula (PT) nas eleições deste ano.
Nesta quarta-feira (23), após o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitar mais um pedido do Partido Liberal para revisão das urnas e contagem dos votos, a deputada Maria do Rosário (PT-RS), cujo gabinete fica bem em frente ao da procuradora aposentada do Distrito Federal, Bia Kicis (PL-DF); debochou da colega e disse:
- O crime não compensa e não vai ter anistia pra vocês - disparou a petista, sugerindo como ficará a situação de parlamentares de direita no próximo governo esquerdista.
Maria do Rosário, à propósito, foi uma das parlamentares citadas na delação da Odebrecht. Segundo depoimento de Alexandrino de Alencar, ex-diretor da empresa, a petista pediu dinheiro para sua campanha de 2010 e foi agraciada com R$ 150 mil. O valor foi direto pra caixa dois porque as cotas da construtora para doações já tinham terminado.
Ela, pedindo um apoio de campanha dela, de deputada, para a reeleição dela, de deputada, e nós demos esse apoio doando para ela R$ 150 mil em duas etapas. E nós fizemos essas doações naquela época via caixa dois. Ela pediu e eu via nela um potencial importante. E nossa cota de doações já tinha terminado, então só tinha o veículo de caixa dois - explicou, em 2017, o ex-executivo da construtora.
- Tendo sido até candidata à prefeita na cidade (de Porto Alegre), ela exercia uma liderança bem interessante (pra Odebrecht) - disse, acrescentando que políticos, partidos e autoridades eram o "público-alvo" da empresa para receberem contribuições sistemáticas e finalizar o pacto com muitos contratos em favor da construtora.
- E meu público-alvo nisso eram os partidos políticos, políticos e agentes públicos, sempre alinhado com a sistemática de contribuições financeiras eleitorais - completou.
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