Durante entrevista à GloboNews, neste sábado (14), o ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que a indicação do também ex-ministro da mesma pasta, Anderson Torres, foi um “erro político” do governador afastado, Ibaneis Rocha.
“Os antecedentes [de Torres] eram muito ruins. Então, o que eu posso afirmar é que, no mínimo, houve um erro político do governador Ibaneis. Isso é crime? Eu não sei, não posso antecipar a investigação”, disse Dino.
Segundo o ministro, esses “antecedentes” são:
o bloqueio de estradas por manifestantes após as eleições, que supostamente não foi impedido pela Polícia Rodoviária Federal;
o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), vinculado a Justiça, ter aberto investigação contra institutos de pesquisa;
a “tentativa de instrumentalização política” na Polícia Federal;
a suposta “inércia” da PF ao descobrir um artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília.
“Nos dias que antecederam aos eventos do dia 8, eu falei não apenas com o governador Ibaneis. Falei com o governador de São Paulo, Tarcisio [de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro], com o governador do Rio, Claudio Castro [aliado de Bolsonaro]. E lá, as polícias militares agiram. E vejam que não são governos alinhados com o nosso politicamente. O problema não é o Anderson ser o nosso adversário. O problema é que o Anderson já tinha antecedentes que estavam sob investigação”, declarou.