Após críticas, governo Lula fala em “diálogo” com a Nicarágua


Após ter sido alvo de críticas, o governo brasileiro apresentou nesta terça-feira (7), à Organização das Nações Unidas (ONU), uma nova posição em relação à ditadura da Nicarágua. Na declaração, a gestão brasileira se disse preocupada com as “alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático” no país da América Central.

– O governo brasileiro acompanha os acontecimentos na Nicarágua com a máxima atenção e está preocupado com alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático naquele país, em particular execuções sumárias, detenções arbitrárias tortura contra dissidentes políticos – declarou o Brasil à ONU.

No entanto, o governo petista, que disse estar “pronto para explorar maneiras pelas quais essa situação possa ser abordada de forma construtiva”, falou em estabelecer um “diálogo com o governo da Nicarágua e com todos os atores relevantes”.

A declaração brasileira ocorreu após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira (6) repercutiu no país.

Durante a campanha eleitoral, Lula evitou condenar o regime de Ortega, o que elevou críticas do seu principal adversário, o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
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