Com o PT no governo, conselho da Petrobras propõe reajuste salarial da diretoria em 43,8%


Dois meses após o petista Jean Paul Prates assumir a presidência da Petrobras, o Conselho de Administração da estatal propôs em comunicado, nesta quinta-feira (23), reajustar a remuneração da diretoria em 43,88%.

No documento, o conselho alega que o aumento das remunerações não impactará na empresa e ameniza o peso dos valores, justificando que será previsto apenas depois do dia 27 de abril.

- Mais informações sobre a proposta de fixação da remuneração dos administradores da Petrobras serão divulgadas no Manual para Participação na AGO, a ser divulgado no momento de sua convocação - diz trecho do comunicado.

Em 2022, o salário da diretoria e da presidência da Petrobras custou mais de R$ 3 milhões. Essas categorias também têm direito a gratificações e participação nos lucros e resultados.

A Petrobras já confirmou a aprovação do aumento e disse que a remuneração dos administradores estava congelada desde 2016.

O salário de Prates, por exemplo, vai aumentar de R$ 115 mil para R$ 165 mil mensais.

Enquanto aumentam as próprias remunerações, a ala petista tenta diminuir o lucro dos acionistas e garantir que eles receberão menos dividendos.

As mudanças dessa política serão votadas no Conselho de Administração da estatal.

- Eu, pelo menos, estou te avisando de antemão uma coisa que é previsível. O preço começou a subir. Você já começa a se preparar que vai sair uma parte de dividendo, sim, para amortecer o preço dentro do Brasil, porque esse é o papel da empresa. Você quer ser sócio dessa empresa? Bem. Não quer? Amém. Procure outra - adiantou Prates em janeiro deste ano.

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