Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode entrar na mira de mais uma turbulência. Isso porque, se confirmado o relato do deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), o governo federal deve ser alvo de um novo grande escândalo.
Sanderson diz ter recebido informações de que a gestão Lula ofereceu cerca de R$ 60 milhões em emendas do tipo RP2 (sigla para restos a pagar de anos anteriores) para parlamentares que aceitem retirar seus nomes do requerimento para instalação da CPMI sobre os atos de 8 de janeiro.
De autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), o pedido da comissão foi protocolado na última terça-feira, 28, com a adesão de 189 deputados e 33 senadores.
Logo depois do documento ser apresentado, houve o recuo de dois deputados: Célio Silveira (MDB-GO) e Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Ambos abriram mão das assinaturas na quarta-feira 1°. Em contrapartida, a CPMI ganhou o apoio de outros dois senadores: Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO).
Por meio das redes sociais, Sanderson disse que tomará medidas cabíveis para “responsabilizar os envolvidos”.
— Recebi a informação de que emissários do (sic) gov Lula estão oferecendo R$ 60 milhões em emendas para quem retirar a assinatura do requerimento para instalação da CPMI do 8 de janeiro. Em confirmando, vou buscar responsabilizar os envolvidos pela prática de corrupção ativa e passiva — informou o congressista gaúcho.