A notícia foi divulgada no sábado (9) pela CNN dando conta de que o ex-presidiário Lula recebeu uma série de respostas de autoridades e especialistas, após dar um palpite durante café com jornalistas, na última quinta-feira (6), sobre o que o governo de Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, deveria fazer para dar fim à guerra com a Rússia:
“O que Putin quer? Ele não pode ficar com o território da Ucrânia. Talvez nem se discuta a Crimeia, mas, o que ele invadiu de novidade, vai ter que repensar”;
Autoridades ucranianas manifestaram, nas redes sociais, que o país não não fará concessões territoriais, em especial, com relação à Crimeia, em troca da paz, diz a reportagem da CNN
A primeira resposta veio do porta porta-voz da diplomacia da Ucrânia, Oleg Nikolenko, que foi educado ao agradecer o interesse de Lula em ajudar, mas deixou claro que os próprios ucranianos decidem sobre a guerra e a soberania de seu país:
“Não há nenhuma razão legal, política ou moral pela qual temos de ceder pelo menos um centímetro de terra ucraniana”.
Outra autoridade ucraniana, Olexander Scherba, diplomata aposentado, mas ainda ligado ao governo, foi mais duro na resposta ao molusco:
“Presidente do Brasil Lula da Silva: ‘Zelensky não pode querer tudo!’ Defina ‘tudo’, por favor! A soberania da Ucrânia sobre sua própria terra? Você aplicaria esse princípio a si mesmo?”
Scherba ainda curtiu e retuitou duas postagens com fortes críticas às bobagens ditas pelo chefe do Executivo brasileiro. Primeiro de Guy Maurice Marie Louise Verhofstadt, ex-primeiro-ministro da Bélgica e que tem atuado na diplomacia para tentar por um fim à guerra:
"O mundo precisa mais do que 'tranquilidade', presidente Lula... ele precisa de regras, soberania, paz. O senhor ofereceria uma parte do Brasil do tamanho da Crimeia... só por uma questão de tranquilidade? Depois a gente conversa!"
Em seguida, de Steven Seegel, historiador, escritor e professor norte-americano que realiza um estudo sobre a guerra da Ucrânia pela universidade do Texas:
"Talvez convidá-lo para viver sob a ocupação russa por uma semana e ver se sua mente muda, escreveu".