O Brasil se recusa a vender armas para a Ucrânia, temendo retaliação da Rússia, mesmo após a Alemanha ter enviado canhões antiaéreos que o Brasil havia comprado para se proteger durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O governo alemão pediu ao Brasil que devolvesse a munição não utilizada, mas o país sul-americano deixou claro que não devolveria as armas para a Ucrânia.
Essa posição delicada coloca o Brasil em uma posição complicada, pois depende da Rússia para fertilizantes e combustível. Embora tenha condenado a invasão russa na Ucrânia, o governo brasileiro tem evitado enviar armas para as linhas de frente e está trabalhando para mediar as negociações de paz.
A Ucrânia já fez dois pedidos para comprar uma lista extensa de armamentos do Brasil, mas teve seus pedidos ignorados. O governo brasileiro teme que a venda de armas para a Ucrânia possa prejudicar suas relações comerciais com a Rússia, que é um dos principais parceiros econômicos do país.
A posição do Brasil tem gerado críticas por parte de algumas autoridades e especialistas em relações internacionais, que argumentam que o país deveria assumir uma postura mais ativa na crise da Ucrânia e mostrar solidariedade aos países que estão sendo alvo da agressão russa.
Porém, o governo brasileiro defende que está agindo de forma coerente com sua política externa de não intervenção e solução pacífica de conflitos, além de manter boas relações com todos os países. A questão continua a ser um tema delicado na política externa brasileira e na comunidade internacional.