O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou em um vídeo publicado em suas redes sociais na sexta-feira (21) que não tentará a reeleição nas eleições gerais deste ano, que serão realizadas em outubro. Fernández, que assumiu a presidência em 2019, afirmou que nunca colocou a ambição pessoal à frente da necessidade do coletivo e que seguirá cumprindo essa escala de prioridades.
A decisão do presidente abre espaço para a coalizão governista, a Frente de Todos, definir seus pré-candidatos presidenciais para a disputa eleitoral. Até o momento, não há um nome definido para representar a coalizão nas eleições, mas a grande dúvida é se Cristina Kirchner, ex-presidente do país e vice-presidente na gestão de Fernández, será candidata.
Embora Cristina Kirchner tenha afirmado publicamente que não irá concorrer às eleições, há setores dentro da Frente de Todos que buscam convencê-la a rever essa decisão. A ex-presidente tem grande popularidade entre a população argentina e sua candidatura poderia fortalecer a coalizão governista.
As eleições presidenciais na Argentina estão marcadas para o dia 22 de outubro, enquanto as primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO) serão realizadas em 13 de agosto. O segundo turno eleitoral está previsto para o dia 19 de novembro, se necessário.
A decisão de Fernández de não buscar a reeleição surpreendeu muitos analistas políticos e membros de seu próprio partido. Alguns afirmam que a decisão foi motivada pela crise econômica que o país atravessa e pelas dificuldades enfrentadas pelo governo em lidar com a pandemia da COVID-19.
O site Política Online Brasil destacou a importância da decisão de Fernández para o futuro político da Argentina e para o equilíbrio de forças na região. Segundo o site, a renúncia de Fernández abre espaço para a disputa interna na Frente de Todos e para a possibilidade de novas alianças políticas surgirem para enfrentar a coalizão governista nas eleições.
O futuro político da Argentina é incerto e depende das decisões que serão tomadas nos próximos meses. A definição dos pré-candidatos presidenciais da Frente de Todos e a possível candidatura de Cristina Kirchner serão decisivas para o resultado das eleições e para o rumo que o país tomará nos próximos anos.