Mauro Cid usava dinheiro público “de maneira ilegal”, diz PF


A Polícia Federal (PF) revelou, em relatório anexado ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga desvio de recursos para o pagamento de despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pessoas ligadas a ela, indícios de uso ilegal de verba do Palácio do Planalto pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do presidente Jair Bolsonaro. O conteúdo do documento foi divulgado pelo jornal O Globo e aponta para a prática de "saques em espécie" e "depósitos fracionados" por parte do coronel Cid.

As suspeitas de envolvimento em um esquema de "rachadinha" com recursos do Planalto, que abrange o coronel Cid e Michelle Bolsonaro, foram inicialmente reveladas em fevereiro, na matéria intitulada "Segredos do Alvorada", assinada pelos repórteres Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles.

O trecho do relatório da PF menciona que é possível identificar indícios do "uso ilegal do suprimento com saques em espécie dos recursos e depósitos em espécie, de maneira fracionada, o que dificulta a identificação dos responsáveis pelas transferências". Além disso, não há evidências de que as pessoas que receberam os pagamentos possuam relação com a Presidência da República que justifique o recebimento desses recursos, possivelmente de origem pública.

Essas novas informações aumentam as preocupações em torno do suposto desvio de recursos do Palácio do Planalto, reforçando as suspeitas de irregularidades no uso desses fundos. A PF continua investigando o caso para esclarecer totalmente as circunstâncias e identificar os envolvidos no esquema.

A divulgação do relatório da PF e as suspeitas de uso ilegal de verba do Planalto por parte do ex-ajudante de ordem de Bolsonaro e de pagamentos destinados a pessoas próximas a Michelle Bolsonaro geram impacto político significativo. Essas revelações colocam em questão a gestão financeira e a integridade das operações do Palácio do Planalto, bem como a relação entre os recursos públicos e os beneficiários desses pagamentos.

O site Política Online Brasil também acompanha de perto o desenrolar dessa investigação, fornecendo informações atualizadas sobre o caso e suas repercussões.

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