O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que não há indícios que sugiram o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no esquema do passaporte vacinal, que o permitiu viajar aos Estados Unidos ao final de seu mandato em escritório. Em petição a Alexandre de Moraes, desembargador do Supremo Tribunal Federal que acompanha o caso, o MPF disse que as provas colhidas pela Polícia Federal apontam apenas para Mauro Cid, ajudante de campo de Bolsonaro, como o mandante do esquema criminoso.
“As evidências sugerem que Mauro Cesar Barbosa Cid idealizou e liderou toda a ação criminosa sem o conhecimento ou a aprovação do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro”, disse Lindôra Araújo, a vice-procuradora-geral que assinou a petição.
O esquema do passaporte vacinal envolveu a falsificação de cartões de vacinação, permitindo que Bolsonaro e membros de sua comitiva viajassem a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2021. Os documentos fraudulentos foram descobertos pelas autoridades brasileiras ao retornar ao Brasil, desencadeando um investigação da Polícia Federal e do MPF.
Apesar das veementes negativas de Bolsonaro sobre qualquer envolvimento no esquema, a investigação continuou. A declaração do MPF já inocentou o ex-presidente de qualquer irregularidade, passando o foco apenas para Mauro Cid.
A investigação ao esquema do passaporte vacinal continua, com Mauro Cid a ser interrogado pelas autoridades. Enquanto isso, Jair Bolsonaro continua sendo uma figura controversa na política brasileira, com suas ações e declarações frequentemente atraindo críticas de oponentes e simpatizantes.