O ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que está preso há quase cinco meses no Distrito Federal como parte das investigações dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, pode perder o salário da Polícia Federal de R$ 30 mil. Segundo o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, a PF abriu um inquérito administrativo para apurar a situação do ex-ministro do governo Bolsonaro, o que poderá afetar diretamente o salário que ele recebia.
Mesmo preso, Torres ainda recebe o benefício da corporação, mas essa ação da PF pode resultar na sua expulsão eventualmente.
Torres é acusado de ter sabotado o comando da Segurança Pública do Distrito Federal durante os ataques terroristas de domingo (8/1) na Esplanada dos Ministérios e em sedes do governo. Ele já prestou depoimentos algumas vezes e pediu habeas corpus em alguns momentos, mas o pedido mais recente foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na sexta-feira (5).
Moraes decidiu que Torres ficará preso no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Guará. A visita ao ex-secretário só poderá ocorrer aos sábados e domingos, com agendamentos prévios junto à PMDF, e dentro da sala onde ele está preso poderão entrar apenas cinco senadores por vez, um pedido da defesa de Torres.