A Polícia Federal (PF) rejeitou a solicitação feita pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), para investigar uma ameaça recebida pela mãe do ex-procurador da Lava Jato. O pedido foi enviado ao superintendente da PF no Paraná, delegado Rivaldo Venânio, no dia 4 de maio, antes da cassação do mandato de Dallagnol pelo TSE, em 16 de maio.
Na denúncia, Dallagnol compartilha um print de uma mensagem ameaçadora enviada à sua mãe. A mensagem insinua que o ex-procurador estava atrapalhando os planos do criminoso, que afirmou possuir o CPF e o endereço residencial dela. O autor da ameaça também fez referência ao número 13, associado ao Partido dos Trabalhadores. Dallagnol solicitou a abertura de um inquérito policial para investigar os crimes e identificar rapidamente os responsáveis.
No entanto, a PF recusou o pedido de Dallagnol poucos dias após a solicitação, alegando que não identificou a prática de um crime contra bens, serviços ou interesses da União, que justificaria a sua intervenção.
A PF esclareceu que os crimes pareciam ser contra a honra da vítima (injúria) e contra sua liberdade individual (ameaça), ambos praticados contra a mãe de Dallagnol, que seriam de responsabilidade da Justiça Estadual. Em 8 de maio, Dallagnol solicitou à PF que reconsiderasse a decisão, alegando que a ameaça estava relacionada à sua atuação como deputado federal. Ele aguarda uma resposta.
Dallagnol também enviou uma solicitação ao procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, para que investigasse a ameaça, mas ainda não obteve resposta.
Após a ameaça à sua mãe e à sua cassação pelo TSE, Dallagnol compartilhou com aliados suas preocupações sobre a segurança dele e de sua família. Ele está considerando solicitar a proteção da Polícia Militar do Paraná.