CPMI inicia depoimentos com Anderson Torres e financiadores dos atos: Saiba mais


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável por investigar os ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, está prestes a dar início aos depoimentos que serão fundamentais para esclarecer os fatos e identificar os responsáveis. Segundo o plano de trabalho apresentado pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres será o primeiro a prestar depoimento, seguido pelos financiadores dos atos e dos acampamentos golpistas.


O plano de trabalho ainda precisa ser votado pelos membros do colegiado, mas já traça uma programação clara para as investigações. Além de Anderson Torres, outros depoimentos importantes estão previstos, incluindo o do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e do secretário-executivo da pasta, que na época dos ataques era interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli. Também estão na lista os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, do governo Bolsonaro, e Gonçalves Dias, do governo Lula. No entanto, não há menção sobre o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro.


A relatora Eliziane Gama destacou a importância de iniciar os depoimentos pelo ex-ministro Anderson Torres, que ocupava um cargo estratégico no comando da segurança pública do Distrito Federal na época dos ataques. Paralelamente aos depoimentos, serão analisados os requerimentos de informações, que servirão de base para a investigação dos demais fatos relacionados ao caso.


Outros ataques golpistas ocorridos anteriormente também serão abordados durante as investigações. A relatora propôs que os financiadores dos atos antidemocráticos, que culminaram nos ataques terroristas em Brasília, sejam ouvidos. Além disso, serão investigados os responsáveis pelo ataque à sede da Polícia Federal em dezembro de 2022 e a tentativa de atentado a bomba ao Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro do mesmo ano.


Eliziane Gama também destacou que não descarta a possibilidade de investigar o papel das plataformas digitais na disseminação de notícias falsas relacionadas aos ataques antidemocráticos. Segundo a senadora, embora não haja intencionalidade por parte das empresas, é necessário analisar os modelos de negócio que podem representar riscos ao Estado Democrático de Direito.


A CPMI se mostra determinada a esclarecer os ataques terroristas ocorridos em Brasília e a responsabilizar aqueles que estiverem envolvidos. Com o início dos depoimentos e a análise criteriosa das informações, espera-se que a verdade seja revelada e que medidas efetivas sejam tomadas para preservar a democracia e a segurança do país.

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