Advogado de Bolsonaro defende que reunião com embaixadores não teve caráter eleitoral e chama ação de "fantasiosa"
Durante o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, responsável pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contestou a ação movida pelo PDT e afirmou que a reunião em que Bolsonaro criticou o sistema eleitoral não teve caráter eleitoral, descrevendo-a como "franciscana". As declarações foram proferidas nesta quinta-feira (22), durante a sessão do julgamento.
Carvalho argumentou que o ato foi essencialmente um evento de Estado, não realizado na presença de eleitores, candidatos ou outros atores eleitorais envolvidos nas eleições de 2022. Ele ressaltou que a reunião foi publicizada e que foram enviados convites ao TSE, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro Fachin, à época, chegou a responder que não iria comparecer.
O advogado defendeu que, caso houvesse qualquer irregularidade relacionada à propaganda eleitoral, poderia ser aplicada uma multa. No entanto, ele enfatizou que a ação proposta pelo PDT era "fantasiosa", "impostora" e "eivada de falsidade ideológica". Carvalho acusou o partido de ingressar no TSE com o objetivo de "catapultar candidatura cambaleante".
Ele ressaltou que o TSE é um tribunal e não um parlamento, reforçando a natureza do órgão como um colégio eleitoral encarregado de julgar questões eleitorais.