"Ministro Benedito Gonçalves menciona live como instrumento de disseminação de dúvidas sobre sistema eleitoral no julgamento de Jair Bolsonaro no TSE"
No decorrer do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolvendo Jair Bolsonaro (PL), o ministro Benedito Gonçalves destacou a live citada como uma "sequência de meios para difundir dúvidas sobre o sistema eleitoral". Essa live também foi objeto de depoimento do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no contexto da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que tem o potencial de tornar o ex-presidente inelegível.
Durante a fase de instrução do processo, que inclui a audição de testemunhas e a coleta de provas, Torres foi questionado sobre uma live realizada em 2021, na qual dados sigilosos sobre um suposto ataque hacker ao TSE foram vazados. Em seu depoimento ao TSE, o ex-ministro afirmou que os peritos da Polícia Federal "jamais afirmaram ali haver fraude, ou qualquer coisa no sentido. Isso não é afirmação dos peritos e muito menos nossa ali. A gente fez foi ler os questionamentos e as considerações feitas por eles", declarou em um depoimento sigiloso.
Nessa transmissão específica, Bolsonaro, juntamente com o deputado federal Filipe Barros (PL) e Anderson Torres, fez várias acusações de fraudes nas urnas, além de críticas infundadas ao sistema eleitoral brasileiro, a partir do Palácio da Alvorada.
No entanto, Torres afirmou ao TSE que apenas leu um resumo de documentos públicos da Polícia Federal e que nunca teve acesso a qualquer documentação sobre o suposto "ataque hacker". Ele destacou que os trechos selecionados foram baseados nas considerações feitas pelos peritos da PF, colocando-os como aprimoramento do sistema eleitoral.