A polêmica envolvendo a troca do Aerolula, avião utilizado pelo ex-presidente Lula em seu segundo mandato, por um modelo mais confortável e com maior autonomia, está ganhando destaque. A substituição do Airbus A319 pelo A330 tem levantado questionamentos sobre os custos e o luxo envolvidos nessa transação.
A decisão de trocar a aeronave atual por uma de maior porte e com mais comodidades tem gerado críticas por parte de alguns setores da sociedade. Eduardo Cunha, ex-deputado federal, não poupou palavras ao expressar sua insatisfação com a situação. Segundo ele, a compra do novo avião presidencial poderia ter sido evitada, e Lula deveria considerar vender o Aerolula para ajudar a financiar essa aquisição.
Cunha argumenta que, em um momento de crise econômica e instabilidade política, seria mais sensato optar por um avião mais modesto, em vez de buscar um modelo de luxo, como o A330. O ex-deputado também critica a possibilidade de que o novo avião presidencial seja equipado com mobiliário requintado, assim como ocorreu na residência oficial do presidente, o Palácio da Alvorada.
Além disso, Cunha levanta a questão das acomodações utilizadas pelo casal Lula em viagens internacionais, sugerindo que tais condições de luxo sejam aplicadas também ao novo avião presidencial. Essas suítes majestosas, segundo ele, foram custeadas pelo povo brasileiro durante as viagens realizadas por Lula no exterior.
O ex-deputado ainda faz uma ironia em relação à escolha do modelo de avião, afirmando que pelo menos Lula não optou por adquirir um Airbus A380 ou um Boeing 787, utilizados pelos sheiks árabes. Cunha ressalta que Lula poderia aproveitar promoções como a Black Friday dos carros populares para contribuir financeiramente com a aquisição do novo avião.
De forma provocativa, Cunha menciona a possibilidade de que o novo avião presidencial se transforme parcialmente em um navio presidencial, permitindo a acomodação de outras aeronaves, inclusive de ditadores como Nicolás Maduro. Ele critica a suposta prática de pintar a aeronave de Maduro em uma companhia fantasma, a fim de evitar apreensões em aeroportos internacionais.
As declarações de Eduardo Cunha geraram repercussão e reacendem o debate sobre os gastos governamentais e o uso de recursos públicos em meio a um cenário de crise econômica e incertezas políticas. A troca do Aerolula pelo novo avião presidencial, apelidado por Cunha de Janjalula, certamente será acompanhada de perto pela opinião pública, que espera transparência e responsabilidade na administração dos recursos do país.