O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu 13 decisões entre os dias 26 e 28 deste mês, anulando provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência. As provas anuladas estão relacionadas aos sistemas que gerenciavam o "departamento de propinas" da construtora, conhecidos como Drousys e MyWebDay B.
Segundo a revista Veja, a maioria dos pedidos para anulação das provas foi feita por investigados que foram delatados por executivos da Odebrecht. O entendimento de Toffoli foi de estender uma decisão do ex-ministro Ricardo Lewandowski, que considerou nulos os conteúdos apresentados no acordo da Odebrecht em relação ao presidente Lula, às análises realizadas nesta semana.
Lewandowski também havia anulado as provas da empreiteira em processos envolvendo o vice-presidente Geraldo Alckmin, o empresário Walter Faria e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
Nesta semana, as decisões de Toffoli afetaram 15 pessoas, incluindo o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA), o ex-deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), o ex-diretor da Dersa Paulo de Souza (conhecido como Paulo Preto), além de Jorge Atherino e Deonilson Roldo, suspeitos de participar de um suposto esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Beto Richa (PSDB-PR).