Bastidores do STF: ministros temem desgaste com Barroso na presidência da Corte


Próxima presidência do STF com Barroso no comando desperta preocupações internas na corte

A próxima presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), que estará sob o comando do ministro Luís Roberto Barroso a partir de outubro, após a aposentadoria de Rosa Weber, tem gerado preocupações entre os membros da corte, de acordo com informações da Folha de S.Paulo.

As preocupações internas do STF advêm do temor de uma maior exposição e polêmica da corte com Barroso no comando. Conhecido por seus discursos fortes, o ministro tem uma abordagem mais vocal em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro do que a atual presidente, Rosa Weber, que adota uma postura mais discreta e sem atritos com o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Recentemente, Barroso se envolveu em uma polêmica ao afirmar que "derrotou o bolsonarismo" durante um discurso na União Nacional dos Estudantes (UNE). Após a repercussão negativa da declaração, ele esclareceu que não tinha intenção de ofender os eleitores de Bolsonaro.

No entanto, o incidente levou parlamentares da oposição a protocolar um pedido de impeachment contra Barroso. Para avançar, o pedido deve ser aprovado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, questionou a quem Barroso se referia quando mencionou "nós" em seu discurso e argumentou que um ministro do STF não deveria ter o poder de "derrubar" ninguém. Ele exortou Pacheco a não arquivar o pedido de impeachment.

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