O governo federal realizou uma atualização no calendário de bloqueios dos pagamentos do Bolsa Família, impactando diretamente mais de 5 milhões de famílias cadastradas como "família unipessoal". Essa categoria consiste em pessoas que se cadastraram no programa como famílias de uma pessoa só, e agora estão sob investigação por possíveis irregularidades nos pagamentos do benefício.
A medida de bloqueio de pagamentos teve início em abril, atingindo mais de 1 milhão de famílias que não receberam o benefício. A partir disso, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estabeleceu um procedimento de averiguação cadastral para investigar a situação de aproximadamente 5 milhões de cadastros unipessoais até o final do ano.
O governo federal dividiu o público das famílias unipessoais em grupos de acordo com o período em que foram cadastrados no programa. Esses grupos são numerados de 1 a 6, com base no mês de entrada no programa Bolsa Família, ainda denominado Auxílio Brasil. Por exemplo, o público 1 é formado pelas famílias que se cadastraram entre agosto e dezembro do ano passado.
O procedimento de averiguação cadastral prevê que as famílias convocadas para atualizar os dados do Cadastro Único terão o benefício bloqueado por, no mínimo, três meses antes do cancelamento, caso não realizem a regularização do cadastro. Além disso, se durante o processo de investigação for identificado que o cadastro unipessoal foi realizado de forma incorreta, ou seja, se a pessoa reside com outros familiares, o benefício será cancelado imediatamente.