Na Câmara dos Deputados, pelo menos dois projetos de lei estão em análise e podem beneficiar Bolsonaro, oferecendo anistia ou redução da condenação de 8 anos de inelegibilidade. Enquanto isso, nos tribunais, todo cuidado é necessário. A defesa de Bolsonaro já indicou que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda existe a possibilidade de um recurso interno no próprio TSE. Nos bastidores, especula-se sobre a espera pela ascensão de Nunes Marques, ministro que votou a favor de Bolsonaro, à presidência do órgão.
Bolsonaro também está ativo e recentemente trouxe à tona um acontecimento que havia sido esquecido: uma reportagem da Folha de S.Paulo, de 22 de março de 2016, quando o processo de impeachment contra Dilma Rousseff estava em andamento no Congresso Nacional. A manchete dizia: "Dilma convidou embaixadores estrangeiros para evento em seu apoio". A matéria mencionava que o Planalto havia se recusado a responder perguntas sobre o motivo de ter convidado todos os embaixadores.
Curiosamente, esse encontro também foi transmitido ao vivo para todo o país pela TV Brasil, um dos argumentos utilizados pelo TSE para a condenação de Jair Bolsonaro. Vale lembrar que, mesmo com o impeachment, Dilma acabou sendo beneficiada por uma decisão do STF que manteve seus direitos políticos, permitindo que ela continuasse a disputar eleições. Esse fato abre uma nova gama de possibilidades para reverter a condenação no TSE.