Senador Sérgio Moro adverte sobre criminalização em massa por mensagens de WhatsApp durante entrevista à TV Câmara
Nesta terça-feira (11), o senador Sérgio Moro, representante do União-PR, fez declarações contundentes durante uma entrevista à TV Câmara. Ele expressou preocupação com a possibilidade da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criminalizar pessoas indiscriminadamente com base em mensagens de WhatsApp, afirmando que isso resultaria em "prender meio Brasil".
As declarações do ex-ministro da Justiça ocorreram durante a abertura da CPMI dos atos de 8 de janeiro, onde ele também comentou a convocação do tenente-coronel Mauro Cid, que prestou depoimento no mesmo dia. Cid encontra-se preso desde o início de maio, sob suspeita de envolvimento em um suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação.
Moro ressaltou a importância do depoimento de Cid, considerando a posição que o militar ocupava como assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o senador destacou a necessidade de analisar os fatos com cuidado, deixando claro que a criminalização deve ser embasada em condutas específicas, e não apenas em mensagens de WhatsApp.
"Olha, é um depoimento importante dada a posição que ele ocupava como assessor direto do presidente. Agora, a gente tem que colocar a bola no chão e ver os fatos. Vamos ver quais são os fatos que nós podemos a ele indagar. O que a gente tem visto até o momento são muitas mensagens de WhatsApp, mas nós temos que verificar as condutas específicas. Se fosse criminalizar as pessoas por mensagens de WhatsApp, ia prender meio Brasil aí, né. Mas vamos ver como vai ser o desdobramento", comentou Moro.
