Nesta terça-feira (1º/8), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) retoma suas atividades com a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Goncalves Dias. O relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), é o autor do requerimento que convocou o ex-ministro para prestar esclarecimentos sobre as ações de monitoramento das invasões de terra realizadas pelo MST durante o atual governo.
A preocupação da CPI está relacionada aos relatórios de inteligência elaborados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que são encaminhados ao GSI antes de chegarem ao presidente da República. De acordo com Salles, as invasões de terra atingiram níveis recordes no Brasil a partir de janeiro de 2023, conforme noticiado por veículos de comunicação do país. Diante disso, a comissão busca entender quais medidas o GSI adotou para informar as autoridades competentes e tomar providências para coibir essas invasões.
A CPI volta aos trabalhos com grande expectativa e uma pauta inflamada pelas recentes ações do MST, incluindo a ocupação de uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina (PE), no último domingo (30/7). Os manifestantes do movimento deixaram o local no dia seguinte.
Além da oitiva de Goncalves Dias, a sessão também pode incluir discussões sobre a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Na última reunião do colegiado antes do recesso parlamentar, a base governista articulou para evitar a aprovação dessa convocação. No entanto, informações recentes indicam que Rui Costa pode ser um dos alvos da oposição, que articula um pedido de depoimento extra-pauta com o apoio da bancada ruralista