Déficit das contas públicas, em julho, é o 2º maior dos últimos 26 anos


Déficit nas Contas Públicas em Julho Alcança o 2º Maior Nível dos Últimos 26 Anos

As contas públicas brasileiras fecharam o mês de julho com um déficit alarmante de R$ 35,9 bilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30). Esse resultado negativo é o segundo maior dos últimos 26 anos, sendo superado apenas pelo déficit registrado em julho de 2020, no auge da pandemia de Covid-19.

O Tesouro Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, apontou que essa situação financeira desafiadora em julho se deveu a uma queda acentuada de R$ 8,9 bilhões nas receitas do governo federal, ao mesmo tempo em que as despesas totais aumentaram em R$ 46,8 bilhões.

Comparando com o mesmo período em 2020, quando o governo conseguiu um superávit de R$ 19,7 bilhões, o contraste é notável. No acumulado dos sete primeiros meses de 2023, o deficit primário atingiu a marca preocupante de R$ 78,24 bilhões.

É importante destacar que a legislação permite um deficit primário de até R$ 231,5 bilhões para 2023. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou que o valor real ficará em torno de R$ 100 bilhões.

Esse cenário econômico levanta preocupações significativas sobre a capacidade do governo de equilibrar suas finanças em meio a uma economia desafiadora e à pressão crescente sobre os gastos públicos. A pandemia de Covid-19, que afetou a saúde pública e a economia global, continua a ter um impacto duradouro nas finanças do país.

A alta no déficit também pode aumentar a pressão sobre o governo para implementar medidas de austeridade fiscal e controlar o crescimento das despesas públicas. Isso pode afetar áreas como investimentos em infraestrutura, programas sociais e outros serviços públicos.

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