O ministro da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Flávio Dino, membro do PSB e autodeclarado comunista, está no centro de uma controvérsia após bater um recorde no uso de jatos da Força Aérea Brasileira (FAB). Até a semana passada, o ex-governador do Maranhão fez uso da mordomia de voos em aeronaves da FAB em um total de 64 vezes, de acordo com dados divulgados pela FAB e reportados pela coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Dino não está sozinho nesse uso frequente de aeronaves oficiais. Em segundo lugar na lista de autoridades que utilizaram esses voos está o ministro da Integração, Waldez Goés, filiado ao PDT, que usou essa regalia em 59 ocasiões.
A lista de autoridades que aproveitaram a mordomia de voos da FAB continua com o ministro da Educação, o petista Camilo Santana, em terceiro lugar, tendo feito uso dos recursos da FAB em 51 ocasiões. Na quarta posição está Nísia Trindade, ministra da Saúde, que levantou voo em aeronaves da FAB 50 vezes.
O secretário-geral de Lula, Márcio Macedo, aparece logo em seguida, com 49 voos registrados. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, usou a FAB em 47 ocasiões.
Curiosamente, mesmo sendo conhecida por seu ativismo contra a emissão de CO2 e defesa do meio ambiente, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também recorreu à mordomia dos voos da FAB, utilizando essa facilidade em 18 ocasiões.
O uso frequente de jatos da FAB por autoridades tem sido alvo de debates e críticas, especialmente em relação ao impacto ambiental e ao custo financeiro envolvido. Essa controvérsia levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades em relação aos recursos públicos e à preservação do meio ambiente, especialmente em um momento em que a preocupação com as mudanças climáticas é global.