Advogado da Família Bolsonaro Ajuda Ex-Ajudante de Ordens a Resgatar Joias Vendidas Ilegalmente
Novos desdobramentos surgem no cenário político brasileiro à medida que informações vêm à tona sobre o resgate de joias vendidas ilegalmente por Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Polícia Federal, o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, teria viajado aos Estados Unidos para auxiliar Cid a resgatar uma peça de grande valor, um Rolex Day-Date 18946, vendido de forma irregular.
Segundo a PF, uma quebra de mensagens revelou que Mauro Cid apagou grande parte de suas conversas com Frederick Wassef, lançando luz sobre a possível cumplicidade e atuação conjunta para recuperar as joias. O Rolex fazia parte de um conjunto conhecido como "Kit Ouro Branco", que incluía não apenas o relógio, mas também um anel, abotoaduras e um rosário islâmico, todos confeccionados em ouro branco.
As investigações tiveram início após reportagens destacarem a ausência das joias no acervo da Presidência da República. Essa descoberta levou Mauro Cid a temer pela venda do valioso conjunto de peças, o que por sua vez desencadeou a atuação de Frederick Wassef. O advogado se dirigiu aos Estados Unidos, mais especificamente de Campinas, São Paulo, até Fort Lauderdale, Flórida, onde supostamente recuperou o Rolex Day-Date 18946 em 14 de março.
Após a recuperação do relógio, Wassef regressou ao Brasil com o acessório em 29 de março, conforme relatado pela Polícia Federal. Enquanto isso, Mauro Cid também embarcou para os Estados Unidos com o objetivo de resgatar o restante das joias vendidas. No dia 2 de abril, Cid encontrou-se com Wassef para reaver o relógio, marcando um episódio que agora é alvo de atenção das autoridades.
Ao retornar a Brasília, Mauro Cid entregou o Rolex ao seu braço-direito, Osmar Crivelatti, que também desempenhou um papel central nos acontecimentos relacionados às joias. A devolução das joias, incluindo o relógio Rolex, ocorreu em 4 de abril, por meio de um encontro que teve como palco uma agência da Caixa Econômica Federal.
O caso ganha destaque por sua intrincada trama e pelo envolvimento de figuras próximas ao círculo político de Jair Bolsonaro. A atuação de Frederick Wassef como advogado da família Bolsonaro coloca sua participação nesse episódio sob os holofotes, levantando questões sobre seu papel e motivação no resgate das joias vendidas ilegalmente.
As investigações da Polícia Federal continuam, com novas revelações emergindo à medida que mensagens e evidências são analisadas. O desfecho desse caso poderá trazer implicações significativas tanto para as figuras envolvidas quanto para a percepção pública sobre transparência e ética no cenário político do Brasil. A medida que mais detalhes são revelados, a nação aguarda ansiosamente por esclarecimentos sobre o papel de cada indivíduo nesse intrigante enredo.