Donald Trump se Entrega à Polícia na Geórgia em Caso de Extorsão Eleitoral
Nesta quinta-feira, 24 de agosto, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se entregou às autoridades do estado da Geórgia em uma prisão no condado de Fulton. Ele foi oficialmente fichado, incluindo a tiragem de sua "mug shot" (foto de registro policial), e deixou o local em aproximadamente 20 minutos após pagar uma fiança de 200 mil dólares, o equivalente a cerca de R$ 1 milhão.
As autoridades penitenciárias também coletaram as impressões digitais de Trump. Ele enfrenta acusações de 13 crimes relacionados à suposta tentativa ilegal de reverter os resultados da eleição presidencial de 2020 na Geórgia. Trump deixou a prisão em um comboio de veículos blindados sob escolta do Serviço Secreto, responsável por sua segurança.
Essa é a quarta acusação criminal contra Donald Trump, mas é a primeira vez que ele se apresenta pessoalmente em uma prisão para ser fichado. Nas três acusações anteriores, ele compareceu diretamente a tribunais.
A promotora de Fulton, Fani Willis, acusa o ex-presidente republicano de liderar um suposto complô com 18 aliados para reverter os resultados eleitorais na Geórgia, onde perdeu por uma margem estreita para o democrata Joe Biden. A acusação central é a violação da lei de extorsão, que tradicionalmente é usada em casos relacionados à máfia.
Trump também é acusado de conspirar para que indivíduos se passassem falsamente por delegados eleitorais a fim de certificar sua vitória na Geórgia. Se condenado por todas as acusações, ele enfrenta uma pena máxima de 76 anos e meio de prisão.
Uma das principais evidências contra Trump é uma gravação de uma ligação que ocorreu em janeiro de 2021, na qual ele pressionou o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a "encontrar" 11.780 votos para garantir sua vitória. Trump tem consistentemente alegado que todos os casos contra ele são parte de uma "caça às bruxas".
Até o momento, pelo menos nove das 19 pessoas indiciadas no suposto esquema de extorsão já se entregaram à prisão de Fulton e foram libertadas sob fiança, incluindo o ex-advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani.
Esse desenvolvimento legal representa mais um capítulo nas complexas questões políticas e legais que cercam a figura de Donald Trump e suas ações após sua derrota na eleição presidencial de 2020. O caso na Geórgia continua a atrair a atenção da mídia e da opinião pública, e seu desfecho permanece incerto enquanto o processo judicial prossegue.