O ex-ministro Anderson Torres, que atuou como secretário de Segurança do Distrito Federal, recebeu uma notificação da Polícia Federal (PF) informando que seu porte de arma foi cassado. O documento foi entregue em sua residência, localizada em Brasília, na última sexta-feira, dia 22.
A notificação, assinada pelo delegado Maurício Rocha da Silva, chefe da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos, determina cautelarmente a cassação do porte de arma de Torres e instrui que todos os impedimentos sejam lançados no Sistema Nacional de Armas da PF (Sinarm) e que o interessado seja intimado.
A cassação do porte de armas é uma das medidas cautelares impostas ao ex-ministro por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando Torres foi solto. Além da cassação do porte de armas, outras medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o Distrito Federal à noite e nos fins de semana, afastamento temporário do cargo de delegado de Polícia Federal, comparecimento semanal na Justiça, entrega do passaporte à Justiça, cancelamento de todos os passaportes já emitidos para Torres, proibição de uso de redes sociais e proibição de comunicação com os demais investigados no caso.
Anderson Torres foi preso em janeiro deste ano sob suspeita de omissão nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro. Na época, ele ocupava o cargo de secretário de segurança do Distrito Federal. As medidas cautelares agora reforçam as restrições impostas a ele durante o processo legal em andamento.