Adélio Bispo Recusa Tratamento para Transtorno Delirante
Adélio Bispo de Oliveira, o homem que tentou tirar a vida do então candidato Jair Messias Bolsonaro em 2018, recusa tratamento para o transtorno delirante, uma patologia que justificou sua ação na ocasião, segundo informações da Folha de S. Paulo. Adélio se encontra na Penitenciária Federal de Campo Grande desde o episódio.
Apesar do diagnóstico de transtorno delirante, que o tornou inimputável perante a Justiça, Adélio se recusa a receber qualquer tratamento ou medicamento relacionado à sua condição psíquica.
De acordo com a Defensoria Pública da União, que assumiu sua defesa, o estado de saúde mental de Adélio aparentemente está em constante deterioração. Ele evita tomar banho de sol, tem pouco contato com outros detentos e não recebe visitas de familiares.
A situação de Adélio coloca em questão a possibilidade de sua transferência da Penitenciária Federal de Campo Grande para um ambiente mais adequado ao tratamento de sua condição mental. No entanto, a recusa em receber tratamento torna a melhora de sua saúde mental improvável nas circunstâncias atuais.
A recusa de Adélio em receber tratamento contrasta com o diagnóstico de transtorno delirante que foi apresentado em laudos técnicos, o que levou à consideração de sua inimputabilidade. A condição psiquiátrica foi apontada como motivo para o ataque contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
No momento em que Adélio estiver com sua saúde mental controlada, ele poderá ser liberado da prisão, conforme a legislação brasileira. Porém, a indefinição persiste, uma vez que sua recusa em receber tratamento dificulta qualquer perspectiva de melhora.
A tentativa de assassinato de Bolsonaro em 2018 teve grande repercussão e impacto na política brasileira. A condição psíquica de Adélio Bispo continua sendo um tópico de debate e preocupação nas discussões sobre sua situação legal e eventual libertação.