Contrato sobre câmeras contradiz Dino sobre exclusão de imagens


Contrato de Manutenção de Câmeras Contradiz Declarações do Ministro Flávio Dino sobre Exclusão de Imagens

Contrariando alegações feitas pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, um contrato de manutenção do sistema de monitoramento do edifício do Palácio da Justiça não especifica o tempo que as imagens devem permanecer preservadas até serem apagadas automaticamente. Essa revelação veio à tona por meio de uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, trazendo luz às controvérsias relacionadas à retenção das imagens.

Dino tem afirmado que o sistema de gravação do edifício do Palácio da Justiça, localizado próximo ao Congresso, possui capacidade de armazenamento limitada a menos de 30 dias. Ele alegou que, após esse período, as imagens mais recentes seriam apagadas, causando a indisponibilidade de imagens necessárias para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro.

Em entrevista à GloboNews, o ministro responsabilizou o contrato com a empresa encarregada do circuito fechado de câmeras do Ministério da Justiça por não disponibilizar as imagens de 8 de janeiro à CPMI. Ele afirmou que "há um contrato sobre as regras de conservação dessas imagens. Havia imagens preservadas, porque estavam em inquéritos. A PF foi lá, no começo de fevereiro, e levaram as imagens. Todas as imagens que existem foram entregues."

No entanto, de acordo com a reportagem do Estadão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) possui 185 câmeras de segurança, mas o Ministro Flávio Dino teria enviado imagens de apenas quatro delas à CPMI dos atos de 8 de janeiro. Adicionalmente, a reportagem informa que a pasta federal enviou inicialmente gravações de apenas dois equipamentos, com um novo conjunto de imagens, dessa vez capturadas por pelo menos outras duas câmeras, repassado posteriormente ao colegiado.

Essas descobertas lançam dúvidas significativas sobre as declarações do Ministro Dino e provocam um debate mais amplo sobre a transparência e a disponibilidade de informações cruciais em investigações importantes. A controvérsia em torno das imagens das câmeras de segurança continua a ser um ponto focal na discussão pública, enquanto a CPMI dos atos de 8 de janeiro prossegue com suas investigações.

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