"General do PCC Sofre Prejuízos Milionários em Golpe de Plataforma Financeira e Ameaça de Vingança"
Em um desdobramento surpreendente, um dos principais generais do Primeiro Comando da Capital (PCC), Márcio Geraldo Alves Ferreira, conhecido como Buda, enfrentou perdas significativas após investir uma grande quantia de dinheiro na plataforma financeira Bybot, operada por Gustavo de Macedo Diniz, apelidado de "Engomadinho do Bitcoin". Mesmo estando atrás das grades, Buda foi um dos principais integrantes da cúpula da facção criminosa. O Metrópoles teve acesso a mensagens reveladoras trocadas em grupos de pessoas que também foram prejudicadas por esse golpe financeiro.
As mensagens obtidas pela nossa coluna deixam claro que Buda e outros investidores lesados estão extremamente irritados com a situação. O CEO da Bybot, Engomadinho, que supostamente fugiu para a Ásia, teria embolsado pelo menos R$ 70 milhões dos investidores. As ameaças dirigidas aos gestores da plataforma são explícitas, com prazos para a devolução do dinheiro e menções a consequências severas caso não cumpram o acordo.
Um dos trechos das mensagens afirma: "Mano, prazo dele foi hoje!!! Ele ligou pra nois [sic] de vídeo. Deu o papo que vai devolver. Se passar de hoje como combinado não tem o que segurar mais. Não quero papo, não quero ligação mais. Agora é fogo na família. Na sexta já acorda todo mundo com formiga na boca. Meu o mano é louco, mexeu com resgate do Tatuapé, mano, isso btc e do Buda mano e cara tá guardado. Mas o bagulho vai ficar doido. Vai dar ruim".
Para entender melhor quem é Buda, é importante mencionar que ele foi preso em dezembro de 2020, na cidade de Gramado (RS), e é acusado de participar de um assalto a banco em Criciúma (SC) em dezembro daquele ano. Sua prisão representou o primeiro elo revelado entre a operação da quadrilha em Santa Catarina e a facção criminosa originada em São Paulo. Buda também é conhecido por ter sido acusado de planejar o resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, em 2014.
O caso da Bybot chocou investidores e autoridades, uma vez que o principal executivo da plataforma apagou todas as redes sociais, encerrou os canais de comunicação e impediu saques a partir de 25 de agosto. Gustavo Diniz, que antes era conhecido como o "Engomadinho do Bitcoin", supostamente fugiu para a Ásia, deixando um rastro de desespero entre aqueles que haviam depositado grandes quantias na plataforma.
A Bybot operava principalmente com arbitragem de criptoativos, um método de negociação que envolve a compra de ativos a preços baixos e a venda em plataformas que oferecem preços mais elevados. Gustavo Diniz, natural de Mogi das Cruzes (SP), vivia uma vida de ostentação antes de desaparecer, viajando por resorts de luxo, estações de esqui e praias paradisíacas.
A fuga repentina de Gustavo e o bloqueio dos saques deixaram investidores atordoados, com perdas significativas. Um empresário de Brasília, por exemplo, teria sofrido um prejuízo de pelo menos R$ 75 mil. A suspeita entre muitos é que o destino do golpista tenha sido a Tailândia, onde ele supostamente tinha um braço operacional da plataforma.
As autoridades estão investigando o caso, enquanto investidores prejudicados buscam desesperadamente por respostas e formas de recuperar seus investimentos. O episódio coloca em destaque os riscos associados ao investimento em criptomoedas e a importância de realizar uma due diligence completa antes de confiar seu dinheiro em qualquer plataforma financeira.
Este golpe abalou não apenas os investidores, mas também a hierarquia do PCC, uma vez que um de seus generais foi diretamente afetado. O desenrolar dessa história promete ser acompanhado de perto nos próximos dias.
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