Brasília, 21 de setembro de 2023 - O general Augusto Heleno, ex-titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e principal conselheiro militar do ex-presidente Jair Bolsonaro, negou categoricamente ter conhecimento de discussões sobre um "golpe militar" após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022. Essas declarações surgem em meio às afirmações feitas por Mauro Cid, ex-aide-de-camp de Bolsonaro, em sua delação, onde alegou que Bolsonaro consultou a cúpula militar sobre uma possível intervenção militar.
Heleno, ao ser questionado sobre essas alegações, foi enfático em sua resposta: "Nunca houve essa conversa no governo do presidente Bolsonaro. Desde o início, ele afirmou que atuaria dentro dos limites democráticos e essa discussão nunca ocorreu".
O jornal também mencionou que Almir Garnier Santos, que foi comandante da Marinha na época, teria manifestado disposição para apoiar Bolsonaro. No entanto, o ex-ministro se afastou das polêmicas, afirmando que, atualmente, está mais focado em sua vida pessoal: "Já estou em casa, cuidando dos meus pintinhos e das minhas galinhas... Não me preocupo mais com isso".
Essas declarações de Heleno e as afirmações de Mauro Cid geraram um debate público sobre o papel das Forças Armadas na política brasileira e levantaram dúvidas sobre os acontecimentos nos bastidores no período após as eleições de 2022. A questão da estabilidade democrática no Brasil continua sendo um tema de grande interesse e preocupação para a sociedade e os observadores políticos.