Neste sábado (16), o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, causou polêmica ao fazer uma declaração intensa em sua conta na rede social X (antigo Twitter). O magistrado manifestou sua indignação em relação à morte trágica de Heloisa dos Santos Silva, uma criança de apenas 3 anos, que foi baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Na declaração, Gilmar Mendes afirmou que a PRF "merece ter a sua existência repensada", fazendo referência não apenas ao caso de Heloisa, mas também à recente morte de Genivaldo, que foi asfixiado em uma viatura transformada em câmara de gás.
O ministro não parou por aí e trouxe à tona uma questão política aparentemente não relacionada às tragédias em questão. Ele acusou a PRF de se envolver em tentativas de golpes eleitorais e insinuou que a instituição policial teria favorecido o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado.
Esta declaração de Gilmar Mendes gerou controvérsia, já que, apesar das tragédias mencionadas, a motivação para propor o fim da PRF pareceu se estender para além das circunstâncias reais das mortes. O ministro não esconde suas posições políticas e sua aversão ao ex-presidente Bolsonaro, o que levanta dúvidas sobre a conexão direta entre as mortes e sua proposta radical.
Enquanto o país debate as palavras do decano do STF, a PRF enfrenta um momento crítico de escrutínio público, enquanto a sociedade busca respostas e soluções para tragédias como a de Heloisa dos Santos Silva e Genivaldo.