Em uma iniciativa que visa fortalecer a indústria bélica brasileira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está atualmente avaliando opções de apoio financeiro. Isso inclui a possibilidade de utilizar o futuro Eximbank, um banco de exportações, como parte desse esforço.
Essa medida foi anunciada como parte dos esforços do governo Lula 3.0 em priorizar o desenvolvimento da indústria de defesa do país. A proposta será discutida em breve com o Ministério da Defesa e a liderança governamental.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) destacou a defesa como uma missão prioritária. No âmbito do Novo PAC, o principal veículo de investimento da administração, a defesa ocupa a quarta posição em termos de recursos, totalizando cerca de R$ 53 bilhões.
Embora o Orçamento de 2024 para o Ministério da Defesa tenha visto um aumento moderado, passando de R$ 122,6 bilhões para R$ 126,1 bilhões, o BNDES surge como uma alternativa viável para alocar recursos em meio às restrições do novo marco fiscal.
A alocação do Novo PAC para a defesa é financiada integralmente pelo orçamento público. A maior parte desses investimentos será direcionada para pesquisa, desenvolvimento e aquisições das Forças Armadas, com R$ 20,6 bilhões destinados à Marinha, R$ 17,4 bilhões à Aeronáutica e R$ 12,4 bilhões ao Exército.
Entre os projetos financiados estão a construção de um submarino nuclear, a compra de aeronaves de carga, caças Gripen, helicópteros, navios-patrulha e sistemas de controle de fronteira.
Essa iniciativa tem o potencial de impulsionar a indústria de defesa do Brasil e fortalecer a capacidade do país de produzir e exportar equipamentos e tecnologias relacionadas à defesa.